13 fevereiro 2014

O Menino Que Roubava Livros...


Oi, oi amores! Vocês devem estar se perguntando: Mas que título é esse? Pois bem, eu vou tratar de explicar. Na última quinta feira, dia 6, um jovem foi preso acusado de roubar três livros da Livraria Cultura em Salvador. Morador do bairro Paripe, localizado no subúrbio de Salvador, o jovem Alex Santana Souza de 19 anos confessou que já havia roubado outros dez livros na mesma livraria. Encontrei essa matéria no blog Cachola Literária, mais do que maravilhoso, é um blog que eu super recomendo! Mas ao ler a notícia e a matéria do blog, fui invadida por uma total tristeza e um vazio indescritível no peito. 



Sei que assim como a blogueira, eu e provavelmente todos vocês que lerem a matéria, estão comparando essa história a Menina Que Roubava Livros, a obra magnífica de Markus Zusak. No qual o título da matéria foi inspirada. Sim realmente lembra, mas as situações por suas épocas e países, se tornam diferentes. O ponto em que mais se parecem é em como a leitura consegue ser amiga de todos e nos chocar! 

Confesso, que não consegui me manter imparcial, embora realmente quisesse, com relação a esse Crime! Porque sim, isso É um crime. Mas, a pergunta é: O que levou esse menino a roubar? Ainda mais livros! Sei que não é correto e principalmente que não devo me posicionar ao lado de tal atitude. Mas não consigo me manter imparcial diante de um crime tão " Puro" por assim dizer, como foi esse.

Não apoio, não indico, abomino e desprezo, qualquer tipo de crime e violação contra qualquer pessoa  ou lugar em qualquer situação! Mas diante de tantas coisas realmente desprezíveis e incompreensíveis. Creio que esse é um dos menores males no meio de tanta barbaridade! 

Sim, eu sei. Não quero e não estou defendendo o que ele fez! Afinal, não era necessário o roubo, quando hoje a tantos outros meios viáveis e legais de se obter um livro! Mas não o julgo, nem condeno ao mesmo tempo que não aprovo seus atos.

Como blogueira e amante da literatura, sei que assim como minha paixão é meu dever trazer a todos a possibilidade de fazer parte desse mundo. De trazer a todos uma ponte para a conexão mais forte e importante, que começa nas páginas de um livro. Capaz de mudar a situação da humanidade creio que se a leitura fosse mais considerada, e tivesse mais apoio e importância, teríamos um país melhor aonde esse tipo de coisa, não precisaria acontecer.

O menino foi preso em flagrante na região Nordeste quando roubava três livros, em uma livraria no Salvador Shopping. Há informações de que a fiança teria sido fixada em dois salários mínimos e o jovem teria roubado os livros por não ter dinheiro para comprá-los. Pior, ainda confessou ter levado outras obras, com conteúdo pedagógico.

Me sinto mal, por mim, por ele e por todos nós que diante dessa situação conseguimos ver em que ponto chegamos! Repito com veemência não o estou defendendo, não concordo com o que ele fez e não aceito! Porque embora pareça pouco, se assim continuasse, após algum tempo seria muito. E assim como ele a livraria também tem seus direitos e trabalha para se manter no mercado. Não é justo que alguém depois de tanto trabalho seja roubado, independente da situação de quem furta. Mas não pude deixar de me comover com a história e de pensar a respeito. Triste, mas real, espero que essa situação não se repita e que conscientize as pessoas a respeito da leitura e de sua real importância para todos nós! 

O que levou esse rapaz a roubar  talvez nós nunca saibamos, mas uma coisa é certa não é tão grave como querem fazer parecer, já que hoje em dia é tão banal acordarmos com notícias diversas sobre assassinatos e crime muito mais bárbaros! É só que é tão simples, puro e de certa forma ingênuo que é difícil de acreditar! Chocada e completamente triste encerro essa matéria com esperança de que casos como esse não se repitam e nem precisem se repetir!

A família do jovem preso teve de angariar dinheiro para pagar a fiança e tirá-lo do Complexo Penitenciário da Mata Escura. O garoto brasileiro informou que viu no furto uma das poucas opções para adquirir os livros, já que a sua mãe não tinha condições de comprá-los. E confessou ainda o roubo de cerca de dez outras obras, todas para estudar.

Bjokas e até a próxima.

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