10 março 2014

O Papel Da Mulher Na Literatura

Oi, oi amores! Olhem só a beleza de texto que eu encontrei no Cabine Literária! Tinha que compartilhar com vocês!  

Embora na história da literatura que aprendemos na escola a vez fosse sempre dos homens – os trovadores, os românticos, os realistas, os simbolistas, e mais os e os da vida – nem sempre, na realidade, a arte foi feita pelo time das cuecas. O exemplo disso: o primeiro romance publicado do mundo inteiro, pasmem, foi escrito por uma mulher, Murasaki Shibiku, uma japonesa, escreveu o livro “A História de Genji”, contando a história de um príncipe em busca do amor e da sabedoria. O livro foi escrito no ano 1007. Se pararmos pra pensar, as mulheres, que eram educadas a ficar em casa, tinham muito mais tempo de aprender e apreciar a literatura, bem como fazê-la. Mulheres nunca se limitaram a ser apenas a “dona de casa”.
Outra mulher forte da literatura foi Jane Austin, que viveu o fim do século de XVIII e o início do século XIX. Claro que nessa época não havia correntes feministas como há nos dias de hoje. As mulheres não questionavam os valores da educação que recebiam publicamente – embora, eu acredite, muitas delas quisessem fazê-lo. Jane Austin, sem se declarar militante ou algo do tipo, incutiu em seus livros ideais de liberdade para as mulheres, suas personagens sempre se mostravam como mulheres cultas e determinadas, que procuravam não deixar que o machismo imperante domasse sua liberdade. Podemos dizer que o exemplo mais famoso disso é sua personagem Elizabeth Bennet – que é, por sinal, é a personagem que J. K. Rowling gostaria de ser, como afirmou em entrevista para o The New York Times. Acalmem-se, chegarei à tia Rowling.
Tivemos outras mulheres fortes entre os personagens literários no século XIX e XX. Ema Bovary (Madame Bovary, 1856), Capitu (Dom Casmurro, 1899), Clarissa Dalloway (Mrs. Dalloway, 1925) e até mesmo Lolita (Lolita,1955) sendo duas dessas escritas por homens e a terceira por Virginia Woolf, que foi outra grande representante das mulheres no âmbito literário, chegando a assumir o papel de editora. Avançando um pouco no século XX, sabemos que na década de 60 há intensificação de movimentos feministas, as mulheres começam a se organizar e definir qual é o seu papel na sociedade. As mulheres que conhecemos hoje, independentes, seguras e livres são resultado dessas outras, que no último século lutaram para que todas pudessem se emancipar. E a coisa funcionou, não?  
Em 21 de abril de 1930, Hilda Hist – poeta, ficcionista, cronista e dramaturga, é considerada pela crítica como uma das maiores escritores em língua portuguesa do século XX. Clarice Lispector, pertencente ao movimento modernista de 45, é ainda hoje considerada um dos grandes nomes da prosa brasileira. Rachel de Queiroz tornou-se, em 1977, a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras. Pela Global Editora, tem publicada a seguinte obra: Melhores Crônicas Rachel de Queiroz, com seleção e prefácio de Heloisa Buarque de Holanda. Ana Maria Machado é, desde 2003, a cadeira número um da Academia Brasileira de Letras, na qual desenvolve intensa atividade na divulgação dos livros e da literatura. Ela iniciou sua carreira como pintora e, hoje, possui mais de cem livros publicados no Brasil e em mais de dezessete países, somando mais de 18 milhões de exemplares vendidos.
Voltemos um pouco para 1997, quando J. K. Rowling lança Harry Potter e a Pedra Filosofal. Uma mãe solteira e desempregada, se torna a primeira pessoa bilionária vendendo livros. Além de ter influenciado toda uma geração de leitores, abrindo portas para escritoras de todos os lugares do mundo. Depois dela, que enfrentou preconceito por escrever literatura fantástica sendo mulher, abriu-se espaço para várias outras mulheres se arriscarem em diversos gêneros. Stephenie Meyer, Suzanne Collins, Gillian Flynn, Veronica Roth, Cassandra Clare, Cornelia Funk, Cressida Cowell.
O que eu gostaria de dizer, mais do que parabéns, é obrigado, mulheres. Obrigado mesmo por nos mostrar que a arte é para todos, que vocês são tão boas – muitas vezes até melhores, que nós, homens, por sua sensibilidade, talento e determinação, acima de tudo. Além das autoras já mencionadas, há ainda muitas mulheres escrevendo e publicando. Um grande beijo para as autoras nacionais: Lycia Barros, Paula Pimenta, Carolina Munhoz, Fernanda Torres, Thalita Rebouças, Bruna Vieira, Tammy Luciano, Renata Ventura, Cris Lasaitis, Giullia Moon, Georgette Silen, Carina Rissi, Cristiane Broca, Larissa Siriani, Samanta Holtz e tantas outras que não conseguiram ainda seu espaço na literatura, mas, eu sei, estão lutando para trazer a público suas obras. A lista seria infinita se eu citasse todas, mas todas são merecedoras. Um beijo e um abraço meu e da equipe do Cabine Literária para vocês, que, literalmente, fazem história.
Sou só eu que estou a ponto de explodir de tanto orgulho?
Bjokas e até a próxima.

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