28 abril 2015

Lá Vem Resenha: The 100 - Os Escolhidos


Os Escolhidos
Autor(a): Kass Morgan

Páginas: 288

Editora: Galera Record

Classificação: 3/5

Sinopse: Os Escolhidos - Desde a terrível guerra nuclear que assolou a Terra, a humanidade passou a viver em espaçonaves a milhares de quilômetros de seu planeta natal. Mas com uma população em crescimento e recursos se tornando escassos, governantes sabem que devem encontrar uma solução. Cem delinquentes juvenis — considerados gastos inúteis para a sociedade restrita — serão mandados em uma missão extremamente perigosa: recolonizar a Terra. Essa poderá ser a segunda chance da vida deles... ou uma missão suicida.



Hey amores! Minha paixão por The 100 começou com a série televisiva. Eu já esperava encontrar mudanças, mas não tão drasticamente. Na verdade, posso dizer que são duas histórias completamente distintas. E a série, é um milhão de vezes melhor!

Comecei a leitura tão empolgada! Mantendo a mente aberta para as supostas diferenças que encontraria. Mas quando comecei a pegar o rumo da história meu desanimo e decepção foram grandes! 

O enredo do livro é bem parecido com o da série. Cem prisioneiros, que por ainda não serem maiores de idade, são mandados a terra. Não povoada, a noventa e sete anos. Depois do grande cataclismo nuclear ocorrido no mundo.

Dentre esses prisioneiros, temos a jovem Clarke. Uma menina doce e bondosa, que foi presa injustamente por ter descoberto coisas que não devia. Na verdade, Clarke descobriu um laboratório secreto pertencente a seus pais, onde eram feitos experimentos com crianças. Mas o laboratório, não era exatamente de seus pais. Eles o fizeram a fim de defender a vida de Clarke, que estava ameaçada pelo Vice Chanceler. 


"Esse era o problema dos segredos — você tinha que carregá-los consigo para sempre, independentemente do
custo."

A descoberta, compartilhada com Wells, outro personagem importante que comete uma loucura colocando a vida de todos na Arca em perigo, para descer na missão da terra a fim de proteger a Clarke, chega aos ouvidos de Jaha, o chanceler. E os pais de Clarke acabam flutuando, que é como os infratores maiores de idade terminam. Mortos, após serem lançados ao espaço.


"Manter a humanidade viva no

espaço exigiu medidas extraordinárias. Algumas vezes cruéis. Mas temos uma chance de ser melhor do
que isso."

Clarke, ainda menor, é mantida presa com outras meninas de sua idade, onde ela conhece sua melhor amiga Thalia. Mas a maior parte do tempo em que Clarke esteve presa, foi na solitária. Da onde ela sai somente para ser mandada a terra. 

Wells, o filho do Chanceler, cometeu o enorme erro de acreditar que seu pai o ajudaria. Após contar o segredo de sua namorada, Clarke, ao pai esperando que o mesmo condenasse o vice Chanceler, percebe que cometeu um enorme erro e que tanto Clarke quanto seus pais pagarão o preço.

Wells, não tem uma boa relação com o pai. Além de ter perdido sua mãe ainda jovem, tem um pai frio. Seu pai como Chanceler, tem a obrigação de cumprir todas as leis e regras da Arca de forma imparcial. O que o torna literalmente alguém imune de sentimentos. Não gostei do Chanceler de jeito nenhum! E também não consegui simpatizar muito com o Wells não. Faltou algo que me fizesse acreditar nele...

Após perder sua mãe, ele conhece Clarke na biblioteca. E após a insistência da garota em ajudá-lo e os encontros seguidos, onde Clarke sempre acabava salvando-o. A paixão foi inevitável. Mas tudo se acaba, quando Clarke vai presa, e seus pais flutuados. Para ter certeza de que sua amada teria um futuro que não fosse a morte. Ele coloca a vida de todos em risco.

A Arca, nave onde os últimos sobreviventes da terra habitam, não tem mais capacidade para tantas pessoas. O oxigênio está acabando. Mas o prazo previsto para um ou dois anos, diminui de forma assustadora após uma falha no sistema, levando o governo a atitudes extremas. Como matar todos os prisoneiros assim que completam a maior idade sem ter a chance de um rejulgamento, ou enviar cem prisioneiros em uma missão suicida na terra. 


"Talvez, aqui nas ruínas do velho mundo, eles pudessem
começar algo novo."


Os prisioneiros, que teriam a chance de ser perdoados de seus crimes após completar dezoito anos, agora encaram a terra como sua última chance ou a morte certa. Para alguns essa é a chance perfeita. Para outros, é a condenação de uma forma pior do que flutuar. De toda a forma, não é tão om quanto parece.


"Os humanos tinham abandonado a Terra em seu momento mais sombrio; ela não se importaria com quantos morreriam tentando retornar."

Não se tem nenhuma informação de como a terra está após todo esse tempo. Não se sabe se os níveis de radiação são suportáveis, se a nave vai realmente chegar a terra, ou se ar é tóxico. Mas não tem outra alternativa a não ser arriscar. Afinal, se os prisioneiros não morrerem, -eles tem uma pulseira que passa informações sobre eles e a terra, a Arca - os outros habitantes da Arca voltarão para casa sem correr risco nenhum.

Outro personagem importante e Glass, e Bellamy além de sua irmã Octavia. Embora eu tenha gostado muito mais de Bellamy do que de Wells, não posso dizer que me apeguei a nenhum dos dois. E com certeza prefiro Clarke e a Glass em relação a Octavia. Mas a única personagem que consegui gostar de verdade foi Clarke. E acho que isso tudo se deve a imagem que fiz dela na série. O que facilitou muito o amor que tenho por ela.

Wells e Bellamy são diferentes da série. Wells na série é meio ingênuo e apela para a compreensão a fim de não cometer um ato de violência. O que o faz passar maus bocados até seu fim. E Bellamy, é completamente diferente. Se no livro ainda há o que salvar, na série ele tem se mostrado alguém insuportável e sem sentimentos. Quando no livro, ele chega até a ser doce.


"Onde quer que você esteja é onde eu deveria estar."

Glass, que não exite na série, assim como Thalia, é outra prisioneira que está sendo enviada para terra de forma injusta. Melhor amiga de Wells, a quem o Chanceler também não teve nenhuma compaixão ao condenar, vem de uma família de influência. E seu único crime foi ter se apaixonado.

Apaixonada por um dos guardas da Arca, em um momento de grande distração ocasionada por Bellamy, durante o envio da cápsula a terra, Glass foge afim de encontrar seu amado e lhe contar o porque de ter sumido da forma que fez. Mas ao encontrá-lo se depara com Camille, sua nova namorada e melhor amiga desde sempre.

Camille é com certeza a personagem mais insuportável dessa história. Queria que ela flutuasse para bem longe, e deixasse a pobre da Glass em paz. Mas é claro, isso não acontece. Embora todo esse rolo, ainda há muito amor entre esses dois, e a paixão vence. Não podia ser diferente, e Camille, já tem sua vingancinha pronta. 


" Tinha voltado de observar os céus apenas para se encontrar nas profundezas do inferno."

Acho que o casal Glass e Luke, foi o que me manteve presa. Eles pareciam uma história a parte. Gostei muito de Glass, e depois de tudo as claras amei o Luke. Gostei mais ainda, dela ser o nosso único elo com o que acontece com a Arca, enquanto os outros personagens redescobrem a terra.


"A única forma de salvar o coração de Luke era partindo-o."

O livro é narrado por quatro personagens diferentes. Wells, Bellamy, Clarke e Glass. Enquanto cada um enfrenta seus demônios, passam por altos e baixos, nos vamos vendo tudo pelos olhos de cada um. O que torna a leitura menos cansativa ou mais suportável e nos dá uma visão bem ampla dos acontecimentos. Gostei muito disso.

Bellamy, teve sua mãe morta pelo medo crescente de que descobrissem sua outra filha, Octavia. Já que na Arca, é proibido ter mais do que um filho, ou ter um filho sem autorização. Mas após uma infância traumática para ambos, Octavia é descoberta após cometer um crime, e Bellamy perde o chão.


" Como ele tinha aprendido ainda jovem, se você quisesse que algo fosse feito, tinha que fazer por conta própria."

Após saber de um amigo, que sua irmanzinha iria ser enviada a terra, ele comete um crime muito maior do que pretendia para ir com ela. Algo tão perigoso, que agora nem mesmo a terra será capaz de protegê-lo. Bellamy, é esquentado e marcado por uma vida difícil. Mas em alguns momentos dá para esquecer isso e até mesmo se apaixonar um pouquinho por ele.


" Não importava se eles tinham encontrado os medicamentos desaparecidos. Não havia nenhuma droga forte o suficiente para curar um coração partido."

A chegada a terra é muito conturbada,e diferentemente da série, antes da aterrizagem a nave se parte e vários prisioneiros são jogados para fora da nave. Para completar, os medicamentos estão desaparecidos, e Clarke necessita deles para curar os feridos. Principalmente sua amiga Thalia. 

Uma das coisas que eu gostei do livro, foi o fato de não haver muita confusão entre os escolhidos como na série. Bellamy não tem sede de poder, e não há retiradas de pulseiras. Não há tanta violência também. Na verdade eles agem de forma muito civilizada. E no ódio crescente de Clarke por Wells ela vê em Bellamy, uma amizade e apoio inesperado. O triângulo amoroso está formado!

Detesto triângulos amorosos. Tenho mania de torcer pelo casal que nunca termina junto. Clarke ainda ama Wells e isso é claro, mas ainda prefiro Bellamy. De qualquer forma, o romance não é algo que tenha sido desenvolvido. Acho que a autora se perdeu um pouco. E isso deixou a história um pouco cansativa, e até sem sentido.

É um livro cheio de ação, com aquela pegada distópica inconfundível, e um enredo fascinante. Mas poderia, e deveria ser muito melhor desenvolvido. O final é realmente convidativo, e ainda não tenho certeza mas acho que vou dar uma chance para o segundo. Embora tenha me decepcionado muito com o primeiro. Talvez no segundo, agora que conhecemos tudo e todos, a autora tenha tempo de aprofundar seus personagens e sentimentos.


"Os cem podiam ser os primeiros humanos a chegar no planeta em três séculos, mas eles não estavam sozinhos.
Alguns nunca tinham ido embora."

A falta de fidelidade da série é tão bem vinda, que é quase ofuscante. Não teria lido o livro se soubesse das diferenças gritantes. Mentira leria sim só porque sou muito teimosa! Não acho que haja necessidade para ler o livro se assistir a série. São histórias diferentes, e quando você tenta encaixá-las uma na outra, vira bagunça, e vai haver decepção de alguma parte.

Eu prefiro a série. Os personagens são mais reais, mais profundos. Não há um triângulo já que Wells e Clarke eram só amigos. Bellamy é um só em todos os momentos.Mesmo que desprezível. Octavia é alguém muito mais maduro, para minha surpresa, porque eu a imaginava sendo uma chata! Os personagens secundários, tem muita função. Diferente do livro, em que alguns casos são dispensáveis. 

Na série a mãe da Clarke não morre, eu prefiro essa versão do livro. Não entendo como ela pode ter entregado o próprio marido e a filha. E a Clarke tem um único amor, Finn. Personagem IM-POR-TAN-TÍS-SI-MO para a série! Que não só é o melhor personagem da série, como é um fofo, apaixonante por quem já não consigo deixar de lamentar a inexistência no livro. Essa foi a pior parte! Quase abandono por causa disso. 

Bom, acho que o livro poderia, ou ainda pode ser milhões de vezes melhor. E que a série, deveria ser vista por todos! E a autora deveria repensar esse negócio de não ter o Finn. Como assim ele não existe??? Ele é perfeito para Clarke. Fica entre o Wells e o Bellamy. Tudo na medida certa. Além disso, ele a Clarke são tão lindos!! 


É isso amores, espero que vocês tenham gostado. Se já leram, me digam o que acharam, tanto do livro quanto da série. E se ainda não me dê sua opinião! 

Bjokas, nos vemos em breve! 

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