21 junho 2016

{Lá Vem Resenha} Algo de Infinito


Autor(a): Vivian Lopes

Editora: Independente

Páginas: 475


Sinopse: O tempo passou e a vida seguiu em frente. Eu poderia dizer isso e estaria dizendo, ao mesmo tempo, uma verdade e uma mentira. 
A vida sempre segue em frente, é o caminho natural das coisas. A Terra continua a girar. Mas se você parasse para analisar a minha família, por mais que todos nós tentássemos disfarçar, nenhum de nós havia exatamente seguido em frente. Meus pais haviam perdido uma filha, eu e os meus irmãos havíamos perdido uma irmã. Como se segue em frente depois disso? 



Essa é uma quase impossível missão. Resenhar esse livro é como tentar expor um sentimento. Não dá! Nada do que eu diga fará justiça ao quão belo, comovente e real, esse livro é. Mas um bom jeito de começar essa resenha, é dizer que foi uma agradabilíssima surpresa essa leitura.


Sabe quando a capa de um livro te deixa com aquela sensação de coração aquecido e dá vontade de ler na hora? E mesmo passando um bom tempo, quando você o pega para ler, sente a mesma coisa? Foi assim que começou minha história de amor por Algo de Infinito. A capa me deixou completamente encantada, a sinopse me deixou apaixonada e quando eu enfim comecei a leitura, não havia nada que interessasse mais do que o livro.

Aqui conhecemos a história da família Heyes. Uma família extremamente unida e amorosa, que conta com seis integrantes que não poderiam ser mais diferentes uns dos outros e ao mesmo tempo, serem tão perfeitos juntos. Além de Tom e Grace, os pais, conhecemos Alex, Samantha, Charlie e Alice. 

Alex é o irmão mais velho. Protetor, amigo e ciumento, ganhou meu coração logo nas primeiras páginas. Um personagem extremamente cativante, - aliás todos são! - de personalidade forte, gentil, inteligente e muito prestativo. Um irmãozão! Deveria ter seu próprio livro! Olha a dica Vivian... haha Não houve uma cena em que ele apareceu, que eu não me debulhei em lágrimas ou sorri. 

Charlie é o caçulinha. Um amor de criança! Na verdade, a Vivian tem o dom de descrever crianças cativantes. Mas, como eu já disse, todos os personagens são, então... haha. Muito esperto, Charlie é o tipo de criança que te dá vontade de proteger e cuidar. Suas cenas eram sempre envoltas de alegria infantil. Curti muito as cenas em família.

Alice, minha personagem favorita, perdendo apenas para o meu já tão amado Matt é uma mulher de personalidade extremamente forte. Apaixonei-me pela personagem assim que ela apareceu na história. Embora antes da grande tragédia que acomete sua família, Less fosse uma menina engraçada e doce, nunca foi daquelas que demonstram fragilidade ou precisam de alguém para defendê-la. Esperta, doce, engraçada e magoada, não tem como não chorar, sorrir, gritar e amar com ela.

Já Sam, sempre foi um doce de menina. Uma menina frágil, de coração doce e puro, que por sua bondade e inteligência virou alvo da crueldade de seus colegas de escola. Nem todos a viam assim é claro, mas o quadro de Bullying ajudou muito em sua depressão.  Doença que levou para sempre sua vontade de viver. Bagunçando assim, a vida de toda sua família, para sempre.

O que mais amei nessa história, foi o modo como a autora abordou o tema. Suave, com pitadas de humor e muito suspense. A leitura não pesa, ela te comove. A delicadeza com que a autora descreve a perda, a dor, a raiva e a mágoa de Alice e de seus familiares, fazem com que o leitor os acompanhe em sentimento e sofra, chore, ria e sinta, junto com os personagens. Ela te conduz, junto com eles, a superação, cura e ao tão esperado perdão.

Os capítulos são intercalados. Já disse como amooo isso?! Acompanhamos o olhar de vários personagens, sobre as mais diversas situações. E como sempre, Vivan criou personagens secundários que juntos aos protagonistas dão vida e cor a sua história. Ela cria um fundo de apoio para seus personagens. E nisso, nos apaixonamos pelos adoráveis, personagens secundários também...

Jenkinson é o super amigo da história. Engraçado, divertido, extrovertido, etxremamente lindo e fã de Sophie Kinsella, é capaz de sempre dizer as palavras certas, levantar o astral e animar o clima. Um amigo daqueles que todos deveriam e gostariam, de ter. Porém, diante a um acontecimento do passado e sua boa pinta, nem sempre seus atos, mesmo que com a melhor da intenções, são vistos com bons olhos por seus melhores amigos Reilly e Matt. 

Reilly é um personagem adorável! Embora um pouco inseguro, principalmente quando o assunto é amor, é um menino brilhante, estudioso, doce e romântico. Além de ser um ótimo amigo, mega prestativo, sabe fazer croissants de chocolate!!! Não tem como não amar... 

E Matt. Ahhhh, meu amado e adorado Matt. Um pintor que embora tenha muito talento, é extremamente modesto. O que mais amo no personagem, é que ele realmente desconhece seu talento. Não o deixa subir a cabeça... Forte, decidido, dedicado e extremamente romântico, é daqueles que nos fazem suspirar. E como a Alice tem sorte! Porque mesmo quando ela pisa na bola, ele sempre está para ela. Nos momentos mais difíceis de sua vida, ele tem as palavras mais doces, os gestos mais puros e todo o amor do mundo! Meu novo amorzinho literário!!!

Além de muitos outros pelos quais me apaixonei e pude acompanhar o crescimento e amadurecimento durante a narrativa. Louise, a amiga de quarto que precisa de um empurrãozinho para se encontrar; Charlotte, a menina doce que precisa de uma ajudinha com os cálculos; Francesca e Genaro não podia faltar a Itália né? kk donos do doce Dolce, lugar que mesmo fictício, tenho vontade de conhecer e pedir um croissant de chocolate com um capuccino... Hummmm!

Novamente Vivan surpreende com sua escrita leve, doce e bem humorada. Mas preciso confessar que seu amadurecimento é visível! Não há nada mais bonito do que poder acompanhar o desenvolvimento de um autor e de seus livros. Mal posso esperar para ler mais da autora!

O romance fica a encargo de Alice e Matt. É claro que casais se formam ao decorrer da narrativa, mas o foco é de Less e Matt. Adorei a Alice em muitos momentos. Chorei com ela, sofri por e com, ela. E em uma das cenas mais bonitas do livro TE AMO ALEEEEEEEEEX! quem leu entenderá... kk eu tive vontade de gritar os meus sentimentos e pensamentos sobre Sam, com ela. Mas se tem uma coisa que não achei justo, entendo, mas não foi justo, foi o modo como ela tratou Matt, depois de descobrir parte do mistério que ronda o suicídio de Sam. Ele realmente, não merecia! Sofri demais por ele.

Matt é adorável! E sua família é igualmente amável. Adorei o Adam, a Harper e sua sobrinha Zoe, mega fofa que me fez sorrir em suas cenas com o tio. E embora tudo em sua vida seja quase perfeito, o personagem é assombrado pela culpa. Seu sofrimento por achar que poderia ter impedido uma catástrofe, torna sua parte do livro meiga e angustiante. 

Jenkinson também tem seus segredos. Nada é o que parece ser na vida do rapaz. Na verdade, ele bem entende essa frase. Sofre na pela com ela. Embora o personagem carregue um fardo insuportável, eu não consegui ficar ao lado dele quando a verdade veio à tona. Sua amizade com Matt fica fragilizada, por algo que ele omitiu. Mas ainda assim, a culpa recai sobre Matt. No começo do livro senti raiva dele porque o julguei precocemente. No fim, porque ele não percebeu que tudo que o amigo fez, foi acreditar demais nele. 

Alice carrega o peso da morte de sua irmã em si, como uma sombra. E o maior medo da personagem é ser vista para sempre com a irmã da menina que se suicidou. Situação que muda quando Less entra para Yale. Mais um sonho que Sam lhe roubou, já que seu desejo era ir para outra faculdade. Alice culpa Sam por muita coisa. A destruição de sua família, seu novo comportamento arredio, por roubá-la dela mesma. Mas na verdade, tudo que Alice sente é mágoa da irmã, por não ter sido o suficiente. 

Alice tem um jeito muito peculiar de viver seu luto. Ela não chora, não se permiti sentir saudade ou dor. Na verdade, ela se acobertou com a raiva e a fez de escudo. Less preferiu esquecer Sam e apagá-la de sua vida. Mas isso nem de longe, significa que ela está segura. Na verdade, ressentimentos constantes, são sinônimos de questões não resolvidas. E Less precisa perdoar Sam e a si mesma, para seguir em frente.

Sobre Sam, a única coisa que posso dizer, é que foi realmente uma tragédia. Também senti raiva dela, mas sofri, a entendi e chorei por ela. Na verdade eu chorei muito nesse livro! rs. Não consigo aceitar o que ela fez, mas também não consigo imaginar a dor que é viver uma vida de tristeza.

A morte de Sam, é cercada de mistérios. E Vivian conseguiu criar uma teia muito bem desenvolvida, para confundir o leitor. Criei inúmeras teorias, achei que havia intendido, mas só consegui entender mesmo, quando os personagens enfim! eu já estava enfartando! kk resolveram contar a verdade e colocar os pingos nos "is". 

Uma história sobre amor, amizade, sacrifícios e perdão. Vai fazer você chorar, rir e repensar sua vida. Mas prepare-se, pegue logo a caixa de lencinhos e deixe o pote de sorvete preparado. Ele vai te deixar com uma ressaca daquelas! A sensação de vazio me acompanhou após o término como a sombra que pairava sobre Alice... kk. 

Só posso recomendar o livro, mas minha vontade é de exigir que todos leiam! É gratificante sentir tudo o que eu senti, se descabelar como me descabelei e montar teorias e mais teorias que se provariam infundadas, diante o mistério de uma história nacional. Uma pérola! 

Termino agradecendo a Vivian a honra de ter me deixado ler seu livro e compartilhar comigo mais essa maravilha. Obrigada Vivian! 

Espero que tenham gostado, que leiam e me contem o que acharam!

Mil beijokas e até breve! ^ ^ 

2 comentários:

  1. Oi, Anya!
    Nossa, esse livro deve ser bem tocante. Deu pra perceber isso só por sua resenha.
    No momento, eu estou procurando algo mais leve pra ler, mas anotei aqui pra dar uma chance no futuro.
    Beijos
    Balaio de Babados
    Participe da promoção de aniversário do blog Crônica sem Eira

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    Respostas
    1. Oi, Lu!
      Com certeza! Além de tocante, é muito marcante. Uma baita ressaca viu? kk. Espero que leia! E quando ler, me conta o que achou tá?
      Mil beijokas!

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