20 junho 2017

Lá Vem Resenha - O Beijo do Vencedor

O beijo do vencedor
Autor: Marie Rutkoski
Páginas: 448
Editora: Plataforma21
Série: Trilogia Vencedor #3
Sinopse: A guerra começou. Arin está à frente dela com novos aliados e o império como inimigo. Embora tenha convencido a si mesmo de que não ama mais Kestrel, Arin ainda não a esqueceu. Mas também não consegue esquecer como ela se tornou o tipo de pessoa que ele despreza. A princesa se importava mais com o império do que com a vida de pessoas inocentes – e, sem dúvida, menos ainda com ele.Pelo menos é o que Arin pensa.
Enquanto isso, no gélido norte, Kestrel é prisioneira em um campo de trabalhos forçados. Ela deseja desesperadamente escapar. Deseja que Arin saiba o que sacrificou por ele. E deseja fazer com que o império pague pelo que fizeram a ela.Mas ninguém consegue o que quer apenas desejando.
Conforme a guerra se intensifica, Kestrel e Arin descobrem que o mundo já não é mais o mesmo.
O oriente está contra o ocidente, e os dois se encontram no meio de tudo isso. Com tanto a perder, é possível alguém realmente ser o vencedor?
Numa narrativa tão empolgante quanto sensível, a difícil paixão entre Kestrel e Arin alcança um novo patamar. O beijo do vencedor é o grande final da Trilogia do Vencedor.

"Que a glória seja sua."

Hey amores e amoras! 

Eu posterguei, mas é chegada a hora de me despedir dessa trilogia maravilhosa que eu tanto amei. É difícil dar adeus e escrever essas palavras tornam tudo definitivo, mas, já está passando da hora. Vou tentar descrever como esse livro conseguiu ser ainda melhor do que os dois primeiros e como o seu final é digno de palmas. Embora eu duvide, que qualquer coisa que eu diga, faça jus ao que ele é. 

O livro começa exatamente onde o anterior parou. A guerra está para começar, Arin conseguiu seus aliados e a sua jornada é quase um tiro no pé. Já que é óbvio que a lealdade do povo oriental não durará para sempre e quando a guerra acabar, ele espera poder pagar o preço que lhe for imposto. 

Kestrel segue para as ilhas do norte, onde trabalhará como escrava nas minas. Mas durante o trajeto ela consegue mandar uma mensagem endereçada a Arin, e tem esperança de que quando ele ler a mensagem, irá tirá-la de lá. Mas o tempo passa, e a cada dia de trabalho exaustivo e noite mal dormida, Kestrel percebe que ser drogada, como todos os outros, pode ser no final um presente. E então, se deixa levar.

É com esse clima tenso que começamos o livro. Durante o período de Kestrel nas minas, o sentimentos era de desespero puro! Assim que ela chega as minas, é drogada. Uma droga que a faz parar de sentir. Tudo que ela faz se torna robotizado. Ela para de sofrer... E diante de tantas memórias ruins acumuladas no segundo livro, traições e decepções, não dá para julgá-la quando ela já não se importa mais consigo mesma. Mas que é agoniante, é!

Enquanto isso, em Herran, Arin e Roshar arquitetam a guerra de forma que possam ganhá-la. Ou seja, terão de fazer um verdadeiro milagre. Principalmente agora que o pai de Kestrel, general Tarjan, sabe sobre Arin. E Arin, que não sabe de nada do que aconteceu a Kestrel, tenta convencer a si mesmo de que não sente mais nada por ela. O que foi outro momento desesperador do livro. Afinal, ela estava realmente precisando dele. E quando enfim a mensagem chega, ele a ignora.

Arin está lidando com tanta pressão nesse último livro, que é difícil até de respirar. Sua aliança com o oriente não pode ser abalada de modo algum, as lembranças de Kestrel estão em todo o lugar e ele precisa agir rápido, já que seu povo está morrendo. E então alguém que ele nunca viu na vida, aparece para lhe dizer que tem uma mensagem. E depois de ignorar o assunto diversas vezes, talvez tarde demais, ele percebe que a espiã que antes o ajudou, agora está em perigo.

O pior de tudo nesse início, foi quando ele descobriu sobre a Kestrel. Mas como sua mensagem era apenas uma mariposa, e ele não fazia a menor ideia de quem era a mariposa, espiã, do reino, ele não sabia o que fazer ou como ajudar. Mas é claro, que pensando ele acaba juntando as peças e indo em busca da única mulher que amou. 

Mas é claro que as coisas não seriam fáceis assim. Além dela estar presa em um dos lugares mais bem estruturados no quesito segurança, algo inesperado acontece, roubando o ar do leitor e de Arin, que terá de se desdobrar para salvar Kestrel.  

E é com essa situação nada confortável que chegamos a guerra. Arin está a frente das tropas com Roshar, mas a vitória é incerta. Há muito mais do que dois reinos e dois povos em jogo. Há traições, perdas, amores, desilusões e vingança. Em uma guerra baseada em tantos sentimentos o vencedor terá muito mais do que um reino como prêmio, ele ganhará ou perderá seu próprio coração.

"A guerra não era um jogo, mas ela queria muito fazer com que seu pai soubesse como era perder."

Eu não posso falar mais do enredo embora eu quisesse ficar aqui contando durante horas o detalhes do livro...rs porque senão entrego tudo! Mas pensa em um livro que te faz ficar grudado até a última página, com o coração disparado, se sentindo meio perdido? rs. É esse! Nada caminha do jeito certo, os personagens mudaram demais e as coisas vão dando errado, uma atrás da outra.

Mas como sempre, Marie Rutkoski, guardem esse nome! Consegue organizar toda a história com um estalar de dedos. E durante esse processo, acompanhamos o livro mais tenso, mais doce, romântico e perfeito, da trilogia.

Lembro que na resenha do segundo livro, comentei que algumas pessoas reclamavam do estilo parado da narrativa. E que eu não acreditava que esse seria um livro com batalhas sangrentas e mais ação do que os outros. Estive TOTALMENTE ERRADA! É guerra que não acaba mais! E escutem o que eu estou dizendo, Kestrel vai surpreender! Em vários níveis diferentes...

"Você não precisa ter talento com uma espada. Você é a sua própria arma."

Sobre os personagens, posso dizer que me impressiono com a capacidade da autora de amadurecê-los diante dos nossos olhos e ainda assim, só percebermos quando as ações não correspondem mais com o que já estávamos acostumados a ver. Arin e Kestrel são outros. 

Esqueça tudo que você leu sobre eles. Não são mais jovens lutando por seus ideais em busca de liberdade. São um homem e uma mulher com feridas profundas e um peso do tamanho do mundo em suas costas. E eles estão dispostos à tudo, para fazer justiça.

– Quero opções melhores.
– Então precisamos criar um mundo em que elas sejam possíveis.

Arin está crescido. Amadureceu, aprendeu a abrir mãos do que quer, pelo que considera o certo e o melhor para seu povo. Claro que em seu coração, ainda vagam fantasmas. Mas ele se entregou ao deus da morte e impediu que seus fantasmas voltassem a lhe assombrar. Ele domina suas emoções como nunca antes. Pensa mais, usa mais de artimanhas e estratégias para seu próprio bem. Quem vê, até pode pensar que foi influência da Kestrel! haha. Mas, brincadeiras a parte, é bom ver o quanto ele cresceu.

"Arin fazia companhia para a morte, mas a morte não era tudo que vivia dentro dele."

Já Kestrel teve de ser completamente destruída, para renascer das cinzas. E quando ela renasce, em meio a uma guerra interna e externa, uma nova pessoa se revela. No início, isso assusta, até me irritou um pouco. Mas depois, compreendemos que era necessário. É um processo doloroso, em que em momentos nos pegamos pensando: para onde foi a protagonista que eu tanto amo? Mas ao decorrer da história, essa versão melhorada dela, ganha um espaço ainda maior em nosso coração.

Já os secundários, nesse livro tem menos destaque. Tirando Roshar, que novamente roubou a cena, meu coração e o que mais ele quisesse, teria roubado também! Mas, como ele é a pessoa mais fofa que eu conheço, ele se manteve apenas com a cena e o meu coração mesmo haha. 

"– O que, vai sentir minha falta? Admito que a ausência iminente do meu humor sagaz deixaria qualquerum triste.
– Não exatamente.
– Agora eu estou ficando triste, só de pensar como seria me separar dessa doçura que eu sou. Sorte a minha: sempre vou ter a minha própria companhia."

O príncipe volta a aparecer, mas sua participação limita-se a estar ao lado do imperador e do general, durante a guerra. A rainha do oriente, tenta entrar no céu a força, mas tem seus objetivos todos frustrados por Roshar EU TE AMO!rs e Arin. Ou seja, nada sai como o planejado para o lado dela! rsrs. 

Já Sarsine, a prima de Arin, ganhou um lugar enorme no meu coração. Além de cuidar de todos a sua volta é a pessoa mais compreensiva e sábia da história. Sou muito grata por ela. O general não tem voz aqui, e o imperado aparece pouco. Mas que cenas! Quando eles resolvem aparecer é para causar! haha. 

Outra personagem que aparece e desaparece da história que nem ninja, rápido, mas causando um furacão por onde passa, é a princesa perdida do oriente. A irmã mais nova de Roshar também tem seus interesses e mágoas, e quando tudo que ela tem pode lhe ser tomado, ela resolve lutar com todas as suas armas, que são muitas! Para conseguir o que quer. A participação dela é curta, mas eu amei! Super importante para a trama e ainda deu aquele ar girlpower  no negócio rs.


O livro é totalmente focado na guerra, e se divide entre Arin e Kestrel, como narradores. A cada capítulo, um suspiro, uma lágrima e uma alegria. Vê-los juntos novamente enterneceu meu coração como eu não achei que pudesse mais. E, como sempre, fiquei perdida e completamente apaixonada pela escrita da Rutkoski. Ainda mais fascinada pelo modo sutil como ela conseguiu sair do plano de fundo de estratégias, política, palácios e auto mar, para campos rochosos de batalha e espadas. Gostei de novamente ser tão surpreendida. Não há nada previsível nessa trilogia e eu só posso reafirmar o que disse anteriormente sobre o livro. É uma história extremamente corajosa

O final é de fazer os olhos marejarem e o coração quase saltar do peito. Sério, sou tão feliz pelo final dado por Marie! Nunca vou conseguir explicar o que senti com o final desse livro, a resolução fácil, rápida, simples que a autora deu. Foi tudo tão perfeitamente bem pensado e desenvolvido, como tudo na história aliás, que eu fiquei sem entender, sem acreditar. 

Demorou para cair a ficha, mas quando eu entendi que ainda existem autores capazes de finalizar suas histórias como ela fez, meu coração se encheu de esperança de novo. Depois de tantos finais ruins, eu já achava que esse era o normal. E lá veio Marie mostrar que nesse livro, tudo, absolutamente tudo, é diferente. E como tudo que é diferente, pode causar estranhamento ou encanto, depende do modo como você vê.

Termino por aqui indicando esse livro que ficará para sempre marcado no coração. LEIAM! Vocês não vão se arrepender! Me despeço, de vocês e desse livro maravilhoso, que já temo ser insuperável. Posso afirmar, sem drama de consciência, que encontrei os meus livros favoritos no mundo!

"Kestrel pensou que talvez tivesse se enganado e Risha tivesse errada sobre o perdão, que não era nem lama, nem pedra, mas lembrava esporos brancos flutuantes. Caíam das árvores quando estavam prontos. Suaves ao toque, mas feitos para serem soltos, a fim de que pudessem encontrar um lugar para se plantar e crescer."

Espero que tenham gostado e que me contem, o que acharam da resenha? Já leram? Querem ler? Conta tudinho aí que eu preciso conversar sobre O Beijo do Vencedor rs.





Hey, não vá embora sem me contar o que achou! Sua opinião é super importante para mim. Ah, e não se esquece de se tornar um livreiro, seguindo o blog aqui do lado na sidebar e nas redes sociais! 😉





Mil beijokas e até a próxima!! 💋👋

6 comentários:

  1. Oi, Anya!
    Pulei tua resenha porque tu sabes que ainda vou conferir essa trilogia. Fugindo dos spoilers aqui hahahahhaa
    Beijos
    Balaio de Babados
    Sorteio Três Anos do blog A Colecionadora de Histórias

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    1. Hey, Lu!
      Haha, entendo. Menina, eu estou maluca para saber a sua opinião a respeito dessa trilogia. Espero mesmo que você goste tanto quanto eu.
      Mil beijokas e volte sempre!

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  2. Oi Anya!

    Flor e desculpa as li apenas o inicio,por que também quero conferir a trilogia e eu realmente odeio spoiler, mas tenho certeza de que você colocou seu coração quando escreveu tudinho, por que acredito que todo mundo saiba o quanto você ama esses três livros e se despedir e realmente muito doloroso, a gente se apega aos personagens, o mundo deles e quer que tudo dure para sempre. Provavelmente vai ser assim quando eu ler o terceiro livro de corte de espinhos e rosas. Fico feliz que final tenha sido maravilhoso e toda trilogia tenha sido importante para você, depois te conto minha opinião e volto para ler esta resenha.

    Beijinhos

    Resenha Atual

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    1. Hey, Ingrid sua linda!
      Você é mesmo muito amorzinho! Tá certíssima de ter pulado o spoiler viu? E realmente, como você disse, dizer adeus é bem complicado nessas situações. Mas como o final foi ainda melhor do que eu imaginava, estou tranquila e feliz, mesmo sabendo que não os verei novamente. Estou super na expectativa para saber sua opinião sobre a história e a resenha, quando você ler!
      Mil beijokas e volte sempre!!

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  3. Vim aqui de novo pra dizer que amo o seu blog. Tão clean! Rs
    Então, tenho muita curiosidade de ler essa série,
    mas e o tempo!?

    Haha!
    Beijos
    Literatura Estrangeira

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    1. Hey, Anne!
      Awwwwn, que linda! Super obrigada pelo carinho *---*.
      Esse livro é PERFEITO! Assim que tiver um tempinho, acredite, eu sei como anda corrido, dá uma chance. Você não vai se arrepender! ;)
      Mil beijokas sua linda, e volte sempre!

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