24 fevereiro 2017

Parei Para Assistir - La La Land Cantando Estações


Quanto valem os seus sonhos? 

Vem comigo nessa aventura cheia de dança, música, amor e sonhos, tentar descobrir se a City of stars are you shining just for me? 


Diretor: Damien Chazelle
Gênero: Musical 
Duração: 2h 08min
Elenco: Ryan Gosling; Emma Stone; John Legend; J.K. Simmons.
Sinopse: Ao chegar em Los Angeles o pianista de jazz Sebastian (Ryan Gosling) conhece a atriz iniciante Mia (Emma Stone) e os dois se apaixonam perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo enquanto perseguem fama e sucesso.

Trailer




Antes de mais nada, dá um play! Agora sim, deixa eu te contar o que senti com La La Land...




Hey amores e amoras! Eu consegui me colocar na difícil missão de retomar a coluna Parei Para Assistir justamente com ele, o filme que já levou Globo de Ouro, que está concorrendo à 14 categorias no Oscar e no mínimo, dividindo opiniões e gerando milhares de teorias no público. É, isso mesmo! Vamos falar sobre La La Land.

Antes de começar a contar sobre o filme, sem spoilers, quero dizer que sempre que resenho algo, embora eu vá falar de alguns aspectos técnicos, o meu foco é nos sentimentos que tive, seja com a leitura, seja com o filme. Portanto, que fique claro que tudo aqui escrito é apenas a minha mais humilde opinião... 

No final do post, pretendo fazer uma curta análise sobre o final do filme, novamente a minha opinião sobre a mensagem que ele traz, mas não tem como ser sem spoilers. Portanto, quando chegar nessa parte, eu aviso! rs. 

La La Land conta muitas histórias. A história de Mia (Emma Stone), uma aspirante a atriz extremamente talentosa e um tanto insegura. A de Sebastian (Ryan Gosling), um talentoso e apaixonado musicista de Jazz que busca reavivar o estilo musical e ter seu próprio clube. E a dos sonhos, de várias pessoas que sonham em obter sucesso e fama em LA. No meio disso tudo, a música, os musicais, os sonhos e o amor, trabalham como personagens nessa trama extremamente inteligente, além de serem homenageados. 

Esse é o estilo de Los Angeles. Venerar tudo e não valorizar nada."

Esse filme, é um daqueles filmes, que tem um determinado valor e interpretação próprio. Ou seja, a minha interpretação, vai ser completamente diferente da sua. Porque esse filme fala com você. Aquilo que mais te marca, é no que mais você se vê, no que se reconhece e no que o filme te toca. É uma lição diferente, para cada um de nós.

Mas Anya, me conta, o que tem de tão diferente nesse filme, que tá todo mundo falando e eu ainda não entendi! Primeiramente, eu não chamaria La La Land de um musical. E pra quem não gosta do estilo, isso é um presente! Todo musical costuma ter várias e várias cenas com números de dança e música. Alguns, até as falas são cantadas. Você não verá isso em La La Land

Tudo é muito bem colocado e organizado aqui. Nada está em excesso, por falta de atenção. Tudo foi minuciosamente bem pensado e aplicado. Portanto, não fica cansativo. Na verdade, os números realmente musicais do filme são poucos e chegam na hora certa. Emocionam, como eu chorei! divertem, contagiam e animam! Não se preocupe, esse também é um filme para você que não é tão fã assim de musicais.

Acho que a primeira grande jogada do filme, um dos grandes diferenciais são as homenagens a várias culturas já quase esquecidas. Como os musicais e o Jazz, por exemplo. Existem várias referências a musicais dos anos 40 e 50 no filme. Nada exagerado, mas estão lá! E o Jaz... Ah, o Jazz! Muito bem colocado, quase um personagem, fala com você. Como é bom quando as cenas envolvem o Jazz. E essas referências já te encantam e fascinam, porque você não está acostumado com isso. Muito menos colocado de forma tão empolgante e mágica. É isso, literalmente mágico! Roupas coloridas, danças e muito saxofone com piano! 

Por último, mas não menos importante, na verdade o mais importante de tudo, é que o filme cria toda uma áurea mágica, romântica, esperançosa e sonhadora, cheia de exageros românticos, ingenuidade e até imaturidade em alguns momentos, com um único intuito: te surpreender e fazer reavaliar tudo aquilo em que acredita e acha ser de extrema importância em sua vida, hoje. 

Afinal de contas, qual o valor da vida sem os sonhos? Mas qual o valor dos sonhos sem amor? E ao que você dá mais valor? Amor ou sonhos? Quem sabe, seja melhor ficar com a felicidade. Escolhas, consequências e conquistas. Esse filme vem te lembrar que nada vem fácil na vida, que tudo aquilo que você tem ou quer, depende apenas de você. E que ter tudo, ou realizar um sonho, ou até mesmo ser feliz, é questão de perspectiva.

Mia e Sebastian se conhecem ao saírem de uma festa, mas antes, já no início do filme haviam se cruzado algumas vezes. E em tantos encontros casuais, uma amizade surge. Ela precisa de um pouco de apoio, ele precisa de alguém que o escute e acredite nele. Tantas coisas em comum, só podiam resultar em uma coisa... É claro, que eles se apaixonam. 

Essa é a parte mais bonita do filme com certeza! Os atores tem muita química, e já pela segunda vez que os vejo contracenando juntos pude confirmar, a química é mesmo verdadeira! rs. As atuações estão impecáveis! Cantam bem, dançam bem, não é nada espetacular. Essa nem era a pretensão do filme, mas é muito bom no que se propõe a fazer. 

Entretém, encanta e fascina. E como fascina! Chorei horrores a cada cena de dança e cantoria entre os dois... . É tudo muito exagerado, fantasioso, exatamente como o amor. Acredito que tudo isso, vi muita gente dizendo que era exagero, se deva ao fato do diretor querer ilustrar o sentimento. O que duas pessoas sentem e veem, vivem, quando estão apaixonadas. É exatamente isso, como dançar nas estrelas. Como eu já disse, acredito que foi tudo minuciosamente pensado, para um final com um efeito nuclear no público. Touché! Eles conseguiram... rs. 

Mas é claro que no meio da calmaria, se esconde a tempestade. E o que fazer quando os caminhos unidos pelo amor começam a se separar pelos sonhos? O jeito é escolher. E aqui vem o que eu mais gostei do filme. O critério utilizado para essa escolha, foi o valor. O que você mais valoriza na vida? Mas ao meu ver, deveria ser o que te faz mais feliz. Mas as pessoas costumam ignorar isso... Porém, novamente, ser feliz, também pode ser apenas questão de perspectiva...

Quando o filme foi se aproximando do The End, foi me chegando um pânico. E quando minha irmã me perguntou: Eles terminam juntos né? Eu percebi que não sabia nada sobre o filme! Não li nenhuma resenha e me lancei no vazio. Mas como quase todo musical termina com um lindo e fantástico e foram felizes para sempre, acreditei que esse seria mais um. Mas La La Land definitivamente, não é mais um musical para as pessoas curtirem, dançarem e ficarem com as músicas na cabeça por um bom tempo. Na verdade, ele é uma lição.

Portanto, se você assim como eu não pode deixar de ver esse filme, e quer se lançar com tudo, saiba apenas que vai se surpreender. Nada nesse filme é por acaso e até o seu lado clichê é original. Vá com tudo, mas com a mente aberta. Vai ser uma experiência incrível! 

Me despeço por aqui de quem ainda não viu o filme, porque os parágrafos abaixo conterão super SPOILERS do filme. Leia por sua conta e risco! Se já for embora, quando assistir, vem me contar o que achou! Ah, e me diz nos comentários o que achou da resenha 😏😘.

Bom, analisar o final desse filme, não é uma tarefa fácil. Mas eu precisava compartilhar com vocês meus sentimentos. Afinal, você que já assistiu, ou está, ou já sofreu tanto quanto eu por ele. Esse filme dói! Mas esse é o problema da dor, ela precisa ser sentida. 

E enquanto eu sentia a minha em abundância, fiquei pensando no final do filme. Aquele último olhar, a cena do futuro que poderiam ter tido se tivessem escolhido o amor. E cheguei a seguinte conclusão, aquela cena. Ela não devia estar ali! E se estava, por trás de tudo, havia uma mensagem muito maior do que eu poderia imaginar.

Se a lição fosse apenas perseguir seus sonhos acima de tudo, ou valorizar o amor, aquela cena não estaria ali. Ela mostra o resultado de nossas escolhas, ela vem partir o coração e a ilusão dos telespectadores. Ela vem dizer algo. 

Acredito que o diretor tenha pensado nisso também. O filme conta a história mais clichê da vida! Uma aspirante a atriz, um músico de jazz, em Los Angeles. Okay. Um amor, dois sonhos, futuros diferentes. Okay. 

Cadê a magia nisso tudo? Afinal um filme indicado ao Oscar, deve ser no mínimo surpreendente né? É justamente essa a mágica do filme. A simplicidade, a sutileza com que Damien quebra as fantasias, e soca a realidade na sua cara. É tão leve, que você não percebe o que esteve na sua frente o tempo todo, até a última cena do filme!

Logo no início, somos confrontados com sonhos. Torcemos por eles. Depois, eles se apaixonam. Nos apaixonamos por eles juntos. Depois eles se separam pelos sonhos. E sofremos por ambos. Depois, os sonhos se realizam e eles se perdem. Por que doeu, se desde o início o foco do filme era o sonho dos protagonistas? 

Simples, nos vemos neles. Nos sonhos, na vida, no amor, nas escolhas. Deveria ser apenas um filme, mas não é. Você se vê na posição de questionador. Por quê eles não ficaram juntos? Por quê preferiram os sonhos? Qual o valor da vida sem os sonhos? Qual o valor dos sonhos sem amor? Valeu a pena? Eles não são felizes! Eles são felizes? E eu? O que eu faria?? Essas são coisas que passam pela nossa mente mesmo que não queiramos. Afinal, são duas coisas que todos vivemos. Temos sonhos, queremos amor. Mas vale a pena ter um e deixar o outro? Como ter tudo? 

Não há resposta para isso. As escolhas sempre terão consequências. E esse final aborda muitas situações, muitos e se... Tudo que viveram mostra que costumamos valorizar nossos desejos pessoais. Às vezes egoístas, acabamos não atingindo a felicidade por culpa de nossos impulsos e ilusões. Vale a pena abdicar do agora, por um sonho? O que vale mais, amor, sonhos ou a felicidade? O que te faz mais feliz? O que você escolheria? Pra mim, Sebastian e Mia escolheram errado. No fim da vida, nada do que escolheram irá segurar a mão deles, ou compartilhar bons momentos. Restará apenas as lembranças e a pergunta: Valeu mesmo a pena?

E aqui eu concluo esse devaneio. Esse é um filme sobre escolhas. Independente do que escolha na sua vida, do que faça, do que queira. Não se esqueça de viver! Tudo trará consequências, então escolha aquilo que vai te fazer feliz. Porque nem sempre, não realizar tudo aquilo que você sempre quis, é sinônimo de infelicidade. Os sonhos mudam, você muda, a vida passa. Então, seja como for, seja feliz. E faça isso agora! Porque como já diria Charles Chaplin:

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, ria, dance, chore e viva intensamente cada momento de sua vida, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.”

Fico por aqui, já me desculpando pelo enorme post! Me empolguei!! rs. Mas me conta, já assistiu? O que achou? O que sentiu? Amou ou odiou? Pra você, qual a mensagem que fica? Fala aí, que estou na vibe do filme ainda, super a fim de conversar sobre ele! haha.

Hey, não vá embora sem me contar o que achou! Sua opinião é super importante para mim. Ah, e não se esquece de se tornar um livreiro, seguindo o blog aqui do lado na sidebar e nas redes sociais! 😉


Mil beijokas e até a próxima! 💋👋

4 comentários:

  1. Muito boa recomendação! O filme abre com uma impressionante sequência em uma rodovia em direção a Los Angeles. La La Land é um filme essencialmente sensorial. A história é quase uma desculpa para reconstruir a magia dos musicais. Ryan Gosling (Ryan do óptimo Blade Runner 2049 ) e Emma Stone tornam toda essa construção fluida, ambos desempenhando um dos melhores papeis de suas carreiras. Não só através de suas movimentações nas quais cada passada parece ter sido milimetricamente estudada, tornando até o flutuar algo orgânico, como na forma que se entregam a seus personagens. Mesmo nos silêncios conseguimos sentir ambos, de tal maneira que ganham vida diante de nossos olhos, nos fazendo sentir suas dores, alegrias, tornando seus sonhos os nossos. Acompanhar esse casal é se deixar entregar a uma espiral de emoções, que nos remetem aquele grande amor que todos vivemos. A música ainda faz o máximo para aproveitar a voz de ambos, levando em conta suas limitações, sem exagerar ao ponto de pedir mais do que eles poderiam realizar.

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    1. Olá, Tabaré!
      Obrigada! O filme é realmente magnífico! E concordo plenamente sobre ser um filme sensorial. Na verdade, concordo com tudo o que disse. Ryan e Emma arrasaram! E o filme é sem dúvidas, umas obra prima.
      Obrigada pelo comentário e volte sempre!

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  2. Quero dizer-lhe que adoro os filmes porque são muito interessantes, podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco de La La Land imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do ator Ryan Gosling, é muito comprometido. Ele recentemente atuou em Blade Runner 2049. É um dos Melhores Filmes 2017 e vale muito la pena ver, os recomendo muito.

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    1. Olá, Eleonora!
      Eu também amo os filmes! Essa diversidade é mesmo encantadora. Ryan é realmente um excelente ator né? Ainda não assisti à Blade Runner, mas pretendo fazê-lo em breve. E sobre La La Land, são todas atuações incríveis, em um enredo simplesmente mágico!
      Beijos e volte sempre!

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