Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Ansel Elgort, Miles Teller, Maggie Q, Zoe Kravitz, Jeff Daniels, Bill Skarsgård, Naomi Watts, Octavia Spencer.
Duração: 2h0min
Sinopse: Após a mensagem de Edith Prior ser revelada, Tris (Shailene Woodley), Quatro (Theo James), Caleb (Ansel Elgort), Peter (Miles Teller), Christina (Zoë Kravitz) e Tori (Maggie Q) deixam Chicago para descobrir o que há além da cerca. Ao chegarem lá, eles descobrem a existência de uma nova sociedade.
Trailer:
Atenção!!! Nível alto de Spoilers.
Hey meus amores! Esses dias, depois de muito lutar por isso e quase desistir, consegui ir assistir a Convergente. E confesso que ainda estou tentando organizar meus pensamentos para poder escrever esse post.
Essa não é uma resenha fácil de escrever. Na verdade, acredito que de filmes, essa seja a mais difícil da minha vida. Porque eu não sei como explicar o que aconteceu. O filme está fiel ao livro? Mais do que Insurgente. O filme é ruim? Não de um todo. Você recomenda? Sim, mas antes vocês precisam saber de algumas coisinhas...
No início do filme, tudo caminhava muito bem, eu já estava até começando a relaxar, quando uma morte, de um personagem importante, por quem chorei horrores no livro, acontece. E aí, começam os problemas. A cena não tem emoção nenhuma. É claro que o único objetivo dessa morte, era cumprir com o livro. Sério, foi triste, porque não houve tristeza. E eu fiquei boba com a frieza com a qual essa morte foi tratada.
Evelyn está completamente surtada. Ela quer colocar um fim nos sonhos de liberdade dos moradores da Chicago futurista e decide fechar os portões. Dentro do muro, os julgamentos da erudição começaram a acontecer. Mas ao contrário do esperado ou não não há julgamento algum. Fica um monte de gente reunida, gritando para cortarem as cabeças. Pedindo por morte. E para a completa satisfação do povo, Evelyn resolve ceder.
Tris não aguenta ver a situação chegar aonde chegou e então resolve ir com Quatro e sua trupe, Christina, Caleb salvo pelo Quatro em uma cena incrível, Peter porque ele ainda está vivo?! e Tori, para fora do muro.
Depois disso tudo é uma completa bagunça! Os efeitos ficaram, e muito, a desejar. Principalmente em se tratando da quantia em dinheiro que foi investida nessa parte. Não há trilha sonora, e em alguns momentos cruciais não se escuta som nenhum. Nem mesmo o hard core favoritado do produtor musical. O que deixa muita coisa sem impacto, ou emoção. E nem Tove Lo com sua incrível Scars conseguiu emocionar no final do filme. Diferentemente de Insurgente, em que tive que conter minhas lágrimas ao som de Haim e M83 com Holes in the Sky.
O cabelo da Tris, pelo menos no filme, cresceu sim, magicamente. A história por trás disso, se deve ao fato do corte da personagem no livro ser na altura do queixo. Por isso, em Convergente eles quiseram respeitar isso. Só esqueceram que isso deixaria a história inverossímil...
A trama se desenrola de forma muito parecida com a do livro. Tirando o fato é claro, dos cenários que não tem nada a ver com os descritos no livro. Cada um ao chegar na fortaleza detrás do muro, recebe uma função. Caleb vai para um casulo de vigilância da cidade, onde ele observa os confrontos cada vez mais violentos entre Evelyn e Johana. Chris e Quatro são treinados para resgatarem crianças na margem. Ainda não entendi o que eles estavam querendo com as crianças... E Tris, vai ser estudada. Minuciosamente estudada, por David.
" Para seu povo você é divergente.Para o conselho um problema.Mas para mim, você é um milagre"
Não há uma exploração de dentro do local onde eles estão abrigados. E os treinamentos duram pouco. Quatro logo percebe que há algo errado, e segue com Chris e Nita para margem. Ao descobrir que o resgate feito pela organização na verdade se chama sequestro na nossa realidade, ele resolve avisar Tris. Que, não acredita nele. WTF???! Essa cena me matou de raiva! No livro é o Quatro que fica um chato, no filme foi a Tris. Nesse filme, ela não me convenceu. E o pior, sua decisão tosca, trás graves consequências para o coitado do Quatro, que tem que sozinho, encarar o problema em que se meteram.
"Eu queria só nós dois"
Outra coisa que não consigo acreditar, é a tecnologia deles. ficou um pouco exagerado. Invisibilidade, bolhas de plasma???, e aquele banho da Tris, que sinceramente fez com que eu me perguntasse se estava no filme certo.
E o que mais me irritou. A Tris pareceu ter voltado a estaca zero. Não sei se todo mundo notou, ou foi só eu, mas ela está toda inocente. Deixou que as coisas saíssem de controle, e foi enganada pelo David?! Sério, essa não é a Tris que eu conheço. Na cena em que ela rouba o veículo voador do David, juro, eu quis chorar!
O Peter novamente é a parte cômica da situação. Mas nesse filme, ele não me fez sorrir. e quando novamente, é lógico! ele vira a casaca, em busca de poder, eu desejei que ele morresse. Não aguento mais isso! Em todos os filmes ele faz a mesma coisa! Consegue se safar chantageando a Tris e o Quatro, e depois trai todo mundo querendo se dar bem. No final ele sobrevive, fica impune e é isso aí! @#$%!
"Não é assim nos livros, né?"
E ainda tem os personagens que apareceram, mas não fariam falta. Ou, os que não apareceram. O Uriah e a Johana, aparecem no filme. Mas o Uriah não tem nem fala! E a Johana também não recebe destaque nenhum... Não exite o Amah, treinador do Quatro. E nem o irmão da Tori. O que fez falta na história.
Ok, pontos negativos destacados, agora vamos aos positivos rsrs. O Matthew e a Nita, não são dois empecilhos. Mas duas soluções. O Matthew recebeu um destaque maior, porém sua atuação foi muito convincente. E o papel de seu personagem, diferente do livro, é voltado para o Quatro. Ele ajuda a Tris no começo, mas a melhor cena dele, é quando ele acaba salvando o Quatro. Amei mesmo o que ele fez! E amei essa mudança também.
"Você já salvou uma cidade. Me ajude a salvar o mundo"
Não vi a Nita como uma possível pedra no sapato não. Ela foi bem séria o tempo todo, não se insinuou como eu achei que faria, e no fim, foi bem útil. Embora, a personagem tenha tido pouco destaque no filme. O Quatro, como sempre, arrasou nas cenas de ação. Que nesse filme, praticamente, pertencem só a ele. E para a minha mais feliz surpresa, não se tornou o babaca que ele se torna no livro. Continuou firme, inteligente, sério e feroz. Esse com certeza foi o filme do Quatro. Ele carregou o filme todo nas costas. Assim como a Tris, em Insurgente.
A Chris também trabalhou mais nesse do que no anterior. Ela luta, fala e tem participação ativa. Amei vê-la agindo, já que no último ela só apareceu no comecinho. Mas o meu maior orgulho, foi o Caleb. Que depois de quase me fazer desistir de assistir ao filme todo, pelos seus pedidos de de desculpas a cada cinco segundos, resolveu parar de ser frouxo e agir! kk. No final, ele praticamente, salvou todo mundo. Foi lindo!!!
Bom, como vocês puderam perceber, houve sim mudanças. Mas o roteiro segue bem fiel a história original. David é o mesmo maluco do livro. E a forma de manter o experimento em Chicago funcionando ainda é a mesma. A rixa de Danificados e Puros, não é muito destacada. E o Quatro não fica todo dodói quanto a isso graças a Deus!. A Tris não morre nesse filme, o que me foi um alívio. Porém o final do filme, além de assustador qual foi aquela do David aparecer feito assombração? não deu muita informação do que virá não.
Estamos no escuro! E como já prometeram um filme totalmente novo, um diretor novo, e um orçamento bem menor o que me assusta, só podemos rezar para que o próximo seja bem melhor que esse.
Como fã, eu gostei. Não gostei de tudo, como por exemplo, o que fizeram com a Tris. Mas amei o que fizeram com o Quatro, Caleb e Chris. Amei a participação do Matthew e da Nita também. Mas ainda assim, foi uma decepção. De qualquer forma, não deixo de indicar. Se você é fã da saga, vale sim, a pena ir conferir.
"Sabe o que é mais engraçado? Você me vigiou por anos e não sabe nada sobre mim."
Deixo vocês com Scars da Tove Lo:
Mas me conta, já viram? Gostaram? O que acharam?
Mil beijokas e até breve! ^ ^