02 dezembro 2016

{Lá Vem Resenha} Graffiti Moon

Autor(a): Cath Crowley 

Páginas: 240

Editora: Valentina

Série: Livro Único


Sinopse: Uma aventura emocionante e perigosa como um grafite clandestino. Uma noite de arte e poesia, humor e autodescoberta, expectativa e risco e, quem sabe, amor verdadeiro.
Um artista, uma sonhadora, uma noite, um significado. O que mais importa?
O ano letivo acabou, aliás, o último ano do ensino médio. Lucy planejou a maneira perfeita de comemorar: essa noite, finalmente, ela encontrará o Sombra, o genial e misterioso grafiteiro, cujo fantástico trabalho se encontra espalhado por toda a cidade. Ele está de spray na mão, escondido em algum lugar, espalhando cor, desenhando pássaros e o azul do céu na noite. E Lucy sabe que um artista como o Sombra é alguém por quem ela pode se apaixonar — se apaixonar de verdade.
A última pessoa com quem Lucy quer passar essa noite é o Ed, o cara que ela tem tentado evitar desde que deu um soco no nariz dele no encontro mais estranho de sua vida.
Mas quando Ed conta para Lucy que sabe onde achar o Sombra, os dois de repente se juntam numa busca frenética aos lugares onde sua arte, repleta de tristeza e fuga, reverbera nos muros da cidade. Mas Lucy não consegue ver o que está bem diante dos seus olhos.


"Um artista, uma sonhadora, uma noite, um significado. O que mais importa?"

Hey amores e amoras! Falar desse livro é uma das coisas mais difíceis que já fiz. É difícil colocar em palavras, uma leitura que te deu apenas sentimentos. Uma leitura que se expressa em arte. Uma palavra tão curta, mas que define tão bem a história toda. Arte! 

Esse livro é pura arte! E arte é super difícil de se explicar. Não há palavras que a descrevam perfeitamente, e cabe a nós apenas tentarmos mostrar o quanto os outros precisam vê-la, e aqui no caso, lê-la, também, para entender o significado e o valor que tem.

Tenho esse livro a bastante tempo, e também tenho vontade de lê-lo a muito tempo. Mas como tantos outros, fui deixando, colocando outros na frente e no final esqueci. Mas, para a minha sorte, recentemente, li uma resenha que me tirou do mundo da lua e me jogou em Graffiti Moon

Quando comecei a leitura, já fui sabendo de algo que aconteceria e que desagradou tanto a personagem, Lucy, quanto a mim. E minha ideia dos personagens, principalmente do Ed, já começaram distorcidas. Porém, quando a leitura ganhou ritmo e as coisas foram esclarecidas, mordi a língua! haha. Mas nesse caso, com muito gosto! 

Sabe quando a leitura é simples, direta, sem floreios, mas te encanta? Tem tudo na medida certa para fascinar? Assim é Graffiti Moon. Aventura, romance, autodescoberta e muita arte. 


"No alto da ladeira, começo a pedalar. As luzes da cidade brilham, piscam, e eu voo pelo meu corredor suave, pensando no Sombra. Ele está lá fora, em algum lugar da escuridão. Espalhando cor. Pintando pássaros e céus azuis na noite."

Lucy é uma boa menina. Estudiosa, objetiva, trabalhadora e super gente boa. De poucos amigos, faz arte no vidro e sonha em conhecer o único rapaz capaz de mexer com seu imaginário. O perfeito grafiteiro da noite, Sombra. 

Mas sempre que Lucy está prestes a conhecer o homem dos seus sonhos, ela o perde. Digamos que o apelido de sombra, não foi por acaso. Ele está sempre a cinco minutos a frente de Lucy.

Ed é um rapaz indescritível. Resignado, é uma palavra que o defini de forma perfeita. E esse é um dos pontos mais tristes do livro. O personagem é cheio de um potencial gigantesco, que ninguém, nem mesmo ele, é capaz de ver. A única pessoa que acredita nele, o dono da loja de tintas em que ele trabalha, morre, deixando Ed mais uma vez, órfão de pai. 


"Eu desenho para jogar os meus pensamentos para fora. Eu desenho para ficar calmo por dentro."

Ed teve problemas desde cedo na escola. Com dislexia, ele não consegue compreender o que lê, ou ao menos prestar atenção. Isso exige muito dele! E quando ele percebe que as coisas em sua vida caminham para lugar nenhum, ele abandona a escola preferindo trabalhar. Mas quando o trabalho lhe é tirado, o rapaz pretende partir para as últimas consequências.


"Sinto que só da arte eu encontrei o jeito. Palavras, escola, eu nunca saquei a coisa toda. Eu ficava lá, sentado, tentando bloquear o som das cadeiras se arrastando e o burburinho dos alunos. Tentava formar um túnel em torno da voz dos professores para que chegasse clara até mim. Na maior parte das vezes, eu não conseguia. Eu ouvia tudo e, por isso, não ouvia nada."

É nessa situação que conhecemos nossos mocinhos. Ambos já se conheciam de um encontro mal sucedido e frustrado, que terminou em agressão. Lucy quebrou o nariz de Ed. O que definitivamente, acaba com qualquer possibilidade deles se apaixonarem um pelo outro. Será?

Lucy e suas amigas resolvem comemorar a formatura. Na mesma noite em que Leo e Ed, resolvem colocar um arriscado plano em andamento. Mas quando esses caminhos se cruzam em uma lanchonete, e o nome do Sombra é dito, uma caçada em uma noite estrelada é iniciada. Mas à vezes, nem sempre o que queremos, corresponde ao que precisamos. 

Leo, é um dos personagens secundários, que rouba a cena. Assim como os outros personagens secundários, tem um papel importantíssimo na história. Mas o mais legal, é que a autora deu capítulos intercalados entre ele, Ed e Lucy. Nos permitindo ver o ponto de vista desse personagem hilário, desligado e ao mesmo tempo, tão sensível à tudo.


"Minha mãe diz que o Leo é um bom garoto. Só que às vezes usa disfarce."

Cath Crowley, por meio da arte de rua, no vidro, e da arte com as palavras, nos conduz em uma jornada inesquecível de amor e autoconhecimento. E não dá para falar desse enredo maravilhoso, mas também tão intrincado e interligado, sem acabar contando demais. Mas não posso terminar essa resenha sem dizer que esse sem dúvida, é um dos melhores livros que já li na vida, se não o melhor.

Com personagens extremamente cativantes, crescemos junto com Ed, Leo e Lucy. A narrativa extremamente rápida e fluida da autora, faz com que o livro voe e logo essa única noite, ficará por muito tempo depois da última palavra,  em sua cabeça. 

Uma história fascinante sobre crescer, amadurecer, escolhas e grandeza. Um amor, uma arte, um poema e uma noite. Além de toda sua história, forte, contada de forma leve e apaixonante, o final é capaz de arrancar lágrimas. E nesse caso, não sei se chorei de tristeza pelo livro ter acabado, ou de alegria pelo lindo final que a autora nos deu.

Cheio de poesia e lirismo, Graffiti Moon, facilmente entrará na sua lista de favoritos. Portanto, não perca mais tempo comigo e corra já, para ler esse livro mais do que recomendado, e sem contra indicações.

"Ciúme? Não. (Talvez. De todos os caras que você já conheceu.)"


Dj Snake ft. Bipolar Sunshine - Middle




 Espero que tenham gostado e me digam o que acharam, se querem ler, se já leram, enfim, contem tudinho!!

Mil beijokas e até  a próxima! 💋👋

2 comentários:

  1. Só por já combinar com essa música o livro já ganharia um ponto comigo hahahahah Adorei sua resenha e não conhecia o livro, mas parece ser bastante diferente de qualquer outro que já li. Gostei da forma como a autora usou uma arte ainda tão mal compreendida, como o grafite, no seu enredo! Beijinhos, Beatriz.

    www.odiariodeumaescritorainiciante.blogspot.com.br

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    1. Hey, Beatriz!
      Hahahaha, eu AMO essa música também! E sim, combina muito! Até a letra parece... <3
      Que bom que gostou, fico super feliz! Realmente, diferente, é uma palavra que define super bem essa história. É única, especial e rara!
      Eu também tiro o chapéu para a autora pelo uso da arte do grafite em sua história, de uma forma tão bela e singela. É lindo!
      Obrigada pela visita e volte sempre!!

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